Reino Unido coleta mais de 400 amostras sobre novo incidente com agente nervoso

Investigadores da polícia britânica coletaram mais de 400 amostras enquanto investigavam o incidente de envenenamento de Amesbury, mas a investigação está longe de terminar. A investigação pode levar meses para estabelecer se há ligação entre a substância usada em Amesbury com a utilizada em Salisbury, disse a polícia sábado (14).
Sputnik

Em 4 de julho, a polícia do Reino Unido relatou um "incidente grave" em Amesbury, onde duas pessoas foram expostas a uma substância desconhecida e em seguida hospitalizadas em estado crítico. Mais tarde, a Scotland Yard disse que um homem e uma mulher foram envenenados com a mesma substância que os Skripals em março. Uma das vítimas, Dawn Sturges, de 44 anos, morreu no hospital do distrito de Salisbury, já a segunda vítima, Charlie Rowley, de 45 anos, conseguiu se recuperar. 

O secretário da Defesa do Reino Unido, Gavin Williamson, acusou a Rússia de realizar pelo ataque, uma alegação que a Rússia considera infundada.

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"Até o momento, mais de 400 exposições foram recuperadas como parte da investigação de Amesbury, das quais um número significativo está potencialmente contaminado e foi submetido aos laboratórios do DSTL [Laboratório de Ciência e Tecnologia de Defesa] para análise. Isso inclui a pequena garrafa, que foi recuperado do endereço em Muggleton Road o que os detetives acreditam ser a fonte da contaminação de Charlie e Dawn", disse a polícia em um comunicado.

"No entanto, as buscaas ainda devem continuar por algumas semanas, e podem levar meses, à medida que os policiais procuram identificar quaisquer outros locais potenciais ou fontes de contaminação, bem como coletar mais evidências para auxiliar na investigação […]", afirmam, acrescentando que a investigação visa saber se o agente nervoso é do mesmo tipo usado no ataque contra Sergei e Yulia Skripal.

Em 4 de março, o ex-agente da inteligência russa, Sergei Skripal, e sua filha foram encontrados inconscientes em um banco de um shopping center em Salisbury. O Reino Unido e seus aliados acusaram Moscou de ter orquestrado o ataque com o que os especialistas britânicos afirmam ser o agente nervoso A234. As autoridades russas refutaram as acusações acusando-as de serem infundadas.

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