"Como resultado dos esforços feitos, foi alcançada uma reunião consular com Maria Butina na prisão de Washington", informou a missão diplomática russa nos EUA, explicando que, "apesar do stress e pressão psicológica", a jovem se sente normal, sem reclamações quanto à saúde. "Nós pedimos oficialmente uma explicação das autoridades dos EUA sobre a prisão de nossa cidadã", acrescentou a Embaixada.
Estudante e ativista pelo direito ao posse de arma, Butina foi detida nos Estados Unidos no último domingo, sendo acusada dois dias depois conspirar para atuar como agente estrangeiro sem se registrar como tal junto ao Departamento de Justiça norte-americano e agir materialmente como agente estrangeiro, crimes que poderiam lhe custar uma pena de até 15 anos de prisão. Ela, no entanto, se diz inocente.
De acordo com as autoridades dos EUA, documentos judiciais apresentados no caso detalham os esforços de Maria Butina, que desenvolveu laços com cidadãos norte-americanos com interesses em comum, como os membros da National Rifle Association (NRA), para "infiltrar organizações com influência na política americana, com o propósito de promover os interesses da Federação da Rússia". Segundo o Departamento de Justiça americano, os arquivos também alegam que "ela realizou suas atividades sem divulgar oficialmente o fato de que estava atuando como agente do governo russo, conforme exigido por lei".