EUA precisam de 'ameaça russa' para financiar Pentágono, diz analista

Os EUA alegam a existência de uma "ameaça terrível" por parte da Rússia, em particular na esfera de cibersegurança, com o objetivo de exercer influência sobre as decisões em relação ao financiamento do Pentágono e dos serviços de inteligência norte-americanos, opina o especialista militar Aleksei Leonkov.
Sputnik

Anteriormente, foi declarado que no Cibercomando dos EUA foi criado um grupo de trabalho especial para enfrentar a Rússia na esfera da cibersegurança. Conforme o general Paul Nakasone, que estabeleceu o comando, a Rússia possui grandes capacidades no ciberespaço às quais "teremos que fazer frente" e "se isso acontecer, sem dúvida que o faremos".

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"O fato de os EUA terem criado um grupo para fazer frente à Rússia em cibersegurança não é surpreendente. Eles classificam as guerras no ciberespaço como guerras híbridas que representam ameaça para os países-membros da OTAN. A Rússia na verdade tem vindo a analisar as questões de cibersegurança. Os norte-americanos, valendo-se da russofobia e de acusações infundadas à Rússia, tentam influenciar aqueles que contribuem para o orçamento do Pentágono e da comunidades de inteligência. Com este fim traçam uma 'ameaça terrível' por parte da Rússia", disse Leonkov.

Conforme notou o especialista, o problema dos hackers tem um caráter internacional, já que os hackers não têm vínculos a um país particular. Por isso, não se pode acusar de ciberataques nenhum Estado sem provas, é necessário analisar e dialogar com base em provas.

De acordo com Leonkov, a Rússia tem dito isso repetidamente e exigiu que os EUA apresentassem provas do envolvimento de alegados "hackers russos" em ciberataques no território americano. Mas tais provas nunca foram apresentadas.

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"É mau porque tais acusações infundadas começam a fazer parte de documentos sérios. De tal modo, a mentira ganha um caráter oficial e os EUA podem usar tais documentos para justificar as suas ações contra a Rússia", acrescentou o analista.

O reforço da proteção na área de cibersegurança foi adotado nos EUA em meio às acusações de envolvimento da Rússia nas eleições presidenciais em 2016 e tentativas de intervir nas futuras eleições para o Congresso em 2018.

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