O movimento militante libanês Hezbollah acusou os EUA de serem os chefes regionais de "gangues criminosas" que realizaram ataques coordenados e brutais a vários alvos na província, incluindo o mercado central da cidade de Sweida.
"O surgimento dessas gangues armadas com armamentos e equipamentos completos vindos da área de At-Tanf, onde os EUA estão ilegalmente baseados, bem diante de seus olhos e com sua óbvia assistência, é perigoso", alertou o grupo em um comunicado.
"Evidentemente, forças regionais e internacionais continuam usando essas gangues criminosas para implementar seus objetivos perversos e hostis", acrescentou o comunicado.
Expressando condolências às famílias dos que foram mortos, Hezbollah enfatizou que os ataques terroristas aconteceram depois das operações bem-sucedidas do Exército sírio no sul da Síria, inclusive na província de Daraa, onde o exército do país árabe e seus aliados estão realizando uma operação para liquidar a última fortaleza do Daesh na região.
O distrito sírio de At-Tanf, na província de Homs, faz fronteira com o Iraque e a Jordânia e está sob o controle de uma coalizão internacional liderada pelos EUA. Nesse distrito há uma base militar norte-americana e o campo de refugiados de Rukban. Damasco exigiu repetidamente que a coalizão acabe com essa "presença ilegal" na área.
Os militares sírios e seus aliados, incluindo o Hezbollah, vêm realizando nas últimas semanas operações de limpeza contra os militantes no sudoeste da Síria. Em 15 de julho, graças às negociações facilitadas pelo Centro Russo para a Reconciliação na Síria, militantes não afiliados ao Daesh ou à Frente al-Nusra (organização terrorista proibida na Rússia) começaram a se render, a mudar de lado ou a se evacuar para o norte do território sírio.