"O sistema de administração de justiça entrou em colapso", disse Vizcarra durante evento do Dia da Independência do Peru. "Vamos abrir um processo de referendo para a reforma judicial."
Vizcarra, engenheiro de formação, assumiu o cargo há quatro meses, depois que seu antecessor de centro-direita, Pedro Pablo Kuczynski, renunciou em meio a um turbilhão de denúncias de corrupção.
"Com essas medidas, reduziremos significativamente a corrupção na administração da justiça", disse Vizcarra. "Chega de perdão em troca de dinheiro."
Analistas, contudo, enxergam com ceticismo as propostas reformistas do novo presidente já que ele não tem uma forte base de apoio no Congresso, que é dominado pelo partido de oposição de extrema-direita de Keiko Fujimori, filha do ex-ditador Alberto Fujimori.
O escândalo levou à renúncia do presidente da Suprema Corte, Duberli Rodriguez, do ministro da Justiça Salvador Heresi e de Orlando Velasquez, chefe do Conselho Nacional da Magistratura, que nomeia juízes e promotores.