De acordo com o colunista do The National Interest, Steve Weintz, basta corta os cabos de fibra ótica que passam pelo fundo do oceano para causar uma séria destruição nas comunidades inimigas.
Isso se deve ao fato de que a grande maioria dos dados é transferida através desses cabos submarinos e, na verdade, apenas uma pequena parte dos dados passa pelos sistemas de satélites, explica o autor.
Como exemplo dos efeitos devastadores que a perda da Internet e outras comunicações podem causar, o colunista menciona os eventos ocorridos em 2015 nas ilhas Marianas, no oceano Pacífico. Naquela ocasião, um desprendimento de rochas rompeu o único cabo de fibra ótica que conectava o arquipélago com a rede global.
Portanto, o colunista está convencido de que, em caso de um conflito, um dos lados pode vencer o inimigo cortando os cabos de alta velocidade. Isso pode ser feito nas profundezas do mar ou nos lugares onde esses cabos vão para a costa, tornando-os especialmente vulneráveis.
Segundo explica, para poder fazer algo assim é necessário apenas ter aparatos submarinos de águas profundas.
A União Soviética trabalhou muito para desenvolver sua capacidade de realizar operações em águas profundas e a Rússia herdou suas conquistas. Uma das mais recentes demonstrações nesse sentido foi a exploração do fundo do Ártico com a consequente implantação de uma bandeira russa a uma profundidade de 4 mil metros, informa.
De fato, o colunista observa que a Rússia possui a maior frota de águas profundas tripuladas do mundo. "Juntamente com sua crescente frota de resgate submarino e forças especiais marítimas, a Rússia agora tem uma capacidade de guerra submarina híbrida muito poderosa", concluiu Steve Weintz.
Em relação à mencionada 'ameaça russa', os analistas apontam que a destruição de cabos de computador seria uma desvantagem ainda mais significativa para o país, já que muitos conteúdos dos EUA estão disponíveis em servidores locais na América do Norte, portanto seria improvável que os próprios russos fossem desconectados.