Dezesseis pessoas morreram em dois ataques em agosto de 2017, o primeiro dos quais envolveu um motorista de van alvejando pedestres na icônica rua Las Ramblas, em Barcelona. Mais uma pessoa foi esfaqueada mais tarde na cidade costeira de Cambrils, a 120 quilômetros ao sul.
Acreditava-se que uma célula jihadista de 12 homens teria realizado os ataques, com oito membros sendo mortos pela polícia e outros quatro presos.
Houve relatos na época em que o grupo havia planejado um ataque muito maior, possivelmente incluindo a famosa catedral da Sagrada Família, em Barcelona.
Mas, de acordo com o jornal local El Periodico, o grupo também pretendia atacar o estádio Camp Nou na partida entre Barcelona e Real Betis em 20 de agosto — três dias após o ataque inicial.
Detetives investigando o caso supostamente encontraram buscas na internet e imagens do estádio ao telefone de Mohammed Hichamy, um membro da célula terrorista.
"É muito provável que eles quisessem tentar o mesmo que os atacantes em Paris que atacaram o estádio Saint Denis no meio da partida da seleção francesa", informou El Periodico, citando uma fonte próxima à investigação.
Os incidentes terroristas em Paris em 2015 presenciaram um ataque suicida ao estádio nacional, enquanto a França jogava contra a Alemanha em um amistoso de futebol. O suicida se matou após se passar como um transeunte do lado de fora do local, antes que os terroristas saíssem para matar em outros locais da cidade.
Não está claro o que o ataque ao Camp Nou teria envolvido, apesar de El Periodico relatar que membros da célula visitaram a loja do clube nos dias anteriores ao ataque de 17 de agosto, possivelmente comprando mercadorias para se disfarçarem como torcedores.
O jogo do Barcelona contra o Real Betis seguiu em frente, como planejado em 20 de agosto, embora houvesse uma maior presença de segurança.
Jogadores e fãs homenagearam as vítimas dos ataques antes e durante o jogo, que contou com a participação de cerca de 56.000 torcedores.