"Durante a Guerra Fria, a União Soviética considerava a possibilidade de criar uma frota de ecranoplanos equipados com mísseis. Agora a Rússia veio afirmar estar planejando recuperar este projeto, denominado Orlan", escreveu o portal militar The Drive.
De acordo com a matéria, a criação de um novo ecranoplano está mencionada no programa estatal de armamentos para o período de 2018 a 2027. O veículo pode ser utilizado para patrulhar a região do Ártico, bem como os mares Negro e Cáspio, ou a região do Báltico.
O portal apontou que, por enquanto, os detalhes do novo projeto não foram divulgados e não se sabe ainda se o projeto estará relacionado de alguma forma com os ecranoplanos soviéticos Orlenok ou Lun.
Os especialistas norte-americanos estão tentando adivinhar onde poderão ser posicionados os mísseis no novo ecranoplano. Segundo eles, os engenheiros poderiam instalar a arma principal em cima das asas, ou posicioná-la na parte frontal do veículo. Além disso, está sendo estudada a ideia de "afundar" os mísseis na fuselagem.
Segundo a matéria, a velocidade e a baixa altitude de voo do Orlan tornará difícil sua detecção. Além disso, o veículo será invulnerável para torpedos e minas navais, já que sua capacidade de operar à distância independentemente de bases tornará a utilização deste veículo ainda mais eficaz. O ecranoplano também pode ser utilizado para acompanhar outros veículos durante o avanço para o interior do território de um adversário.
O portal recordou também que, na época soviética, foram levados a cabo experimentos que permitiam combinar as vantagens dos ecranoplanos com as capacidades de voo a altas altitudes.
O The Drive presta atenção às dificuldades que os antigos ecranoplanos tinham na manutenção e utilização. Além disso, muitos deles sofriam de corrosão.
Apesar disso, segundo a matéria do portal norte-americano, tendo uma rica experiência no que se refere a várias classes deste tipo de armamentos, "os russos podem considerar os ecranoplanos como investimentos relativamente rentáveis e de baixo risco".