Nesta quarta-feira, o Comando Central dos Estados Unidos escreveu no Twitter que as forças norte-americanas estão observando com atenção o desenvolvimento da situação, sendo os exercícios iranianos esperados nas próximas 48 horas.
"Nós estamos cientes da intensificação das operações da Marinha iraniana no golfo Árabe, estreito de Ormuz e golfo de Omã… Estamos monitorando isso atentamente e vamos continuar a trabalhar com os nossos parceiros para assegurar a liberdade de navegação e o livre fluxo do comércio nas vias marítimas internacionais. Além disso, continuamos a apelar para que todas as marinhas respeitem os costumes, procedimentos e leis marítimos internacionais", dizem os tweets do porta-voz do CENTCOM capitão Bill Urban.
O estreito de Ormuz é uma via de comércio vital que representa 20 por cento da passagem do petróleo bruto por mar.
Apesar de o Irão ter fronteira com o estreito, o país não o controla totalmente, porque metade é reclamada pelo Omã. Ambos os países têm declarado seu direito de bloquear a entrada a navios de guerra, cuja passagem pelo estreito eles não considerem "passagem inocente". Além disso, o Irão efetua anualmente manobras no estreito.
Os funcionários norte-americanos indicaram que não estão observando sinais hostis da parte dos iranianos, mas se mantêm em estado de alerta por causa das recentes declarações hostis do Corpo dos Guardiões da Revolução Islâmica e dos exercícios antecipados que habitualmente se realizam em janeiro ou fevereiro.
Apesar de o Irã ter anunciado sua intenção em bloquear essa via marítima no caso de a administração de Trump fazer avançar o plano de impor sanções contra os países que compram petróleo iraniano, o pacote de sansões econômicas que deverá entrar em vigor no dia 6 de agosto não inclui produtos petrolíferos iranianos, apenas exportação de metais, venda de automóveis e financiamento da dívida. As sanções norte-americanas contra os compradores do petróleo iraniano não devem entrar em vigor até novembro.