EUA iniciam política de pressão dura sobre outras economias, opina analista

No Senado dos EUA foi apresentado um projeto de lei sobre introdução de novas sanções contra a Rússia. O especialista Dmitry Ofitserov-Belsky comenta alguns particularidades deste documento na entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik.
Sputnik

Um grupo de senadores norte-americanos propôs um projeto de lei sobre a introdução de novas sanções contra a Rússia.

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O documento prevê limitações a novas operações com a dívida russa, bem como nos contratos ligados a investimentos nos projetos de energia com apoio de empresas públicas russas. As sanções são dirigidas também contra políticos e homens de negócio: em particular, os senadores pretendem saber que ativos tem o presidente russo, Vladimir Putin.

Além do mais, os autores da iniciativa propõem criar um centro nacional de luta contra a "desinformação russa".

A chamada lei de Proteção da Segurança Norte-americana contra Agressão do Kremlin foi preparada pelo democratas Robert Menendez, Ben Cardin, Jeanne Shaheen e os republicanos Cory Gardner, John McCain e Lindsey Graham. Os últimos dois são conhecidos pela sua postura antirrussa.

Conforme os autores do documento, a base de novas sanções são "as tentativas incessantes da Rússia de intervir nas eleições nos EUA" em 2018, depois do "envolvimento" em 2016, bem como a política da Rússia na Síria e na Ucrânia.

O especialista em Relações Internacionais Dmitry Ofitserov-Belsky, na entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik comentou esse projeto de lei.

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"Trata-se de um projeto de lei e por enquanto não está claro o que acabará por se tornar lei. É provável que nem tudo fique na lei — a lista de sanções propostas é muito grande. A essência de algumas delas não é formulada bem no projeto, e aqui a coisa mais importante são os detalhes. Por exemplo, não está claro se se trata da proibição de investimentos na dívida pública russa para as companhias norte-americanas e bancos, ou se para os estrangeiros também. Se se trata das estruturas financeiras americanas, isso não causará nenhum problema — a dívida governamental passará apenas para outras companhias. Mas, se se trata de todas e quaisquer empresas, isso pode ser um problema, e não só para nós: na Europa tal variante, como se sabe, é vista de forma muito negativa", disse Ofitserov-Belsky.

Ele também apontou que os EUA introduzem sanções não só em relação à Rússia.

"Temos que perceber que isso [o novo projeto de lei] tem a ver não só com a confrontação russo-americana. Os EUA introduzem várias restrições também em relação à Europa, China etc. Quer dizer, os EUA iniciam uma política de pressão dura sobre as outras economias e tentam, na luta pelo domínio global, implementar uma dura política repressiva dura em relação a outros atores fortes na arena mundial. Introduzem sanções sob vários pretextos e motivos, mas o conteúdo é o mesmo", resumiu o analista.

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