'Vorazes e ferozes' lagartos da América do Sul invadem EUA (VÍDEO)

Lagartos teiús, um grupo de répteis sul-americanos, instalaram-se em selvas da Flórida depois de serem levados aos EUA como animais domésticos. Eles podem se expandir até sudoeste dos EUA, devorando plantas e animais locais, ação descrita como "invasão" em estudo publicado no mês passado na revista científica Nature.
Sputnik

De acordo com o estudo, lagartos teiús são nativos da América do Sul, do leste dos Andes, e podem crescer um pouco mais de um metro. Levados aos EUA como animais domésticos, os lagartos teiús estão aparecendo cada vez mais em condições selvagens depois de escaparem ou de serem abandonados por seus donos.

​A população crescente de teiús ameaça tanto animais como plantas locais, entrando na lista crocodilos, tartarugas marinhas, aves com ninhos no solo e mamíferos pequenos. Estes répteis cavam ninhos de tartarugas e jacarés para comer ovos. Além disso, quando se sentem ameaçados, podem atacar cachorros e outros animais.

Três espécies de lagartos teiús (Salvator merianae, Tupinambis teguixin sensu lato e S. rufescens) já podem ser encontradas na Flórida em condições selvagens e suas populações estão crescendo. Com a ajuda de modelos para projetar possível distribuição de teiús na América do Norte, pesquisadores concluíram que grande parte do sul dos EUA e do norte do México corresponde a habitats apropriados para uma ou mais espécies destes lagartos.

"Acreditamos que a Flórida não seja o único estado, onde eles poderiam se estabelecer e uma detecção prematura e programas de resposta rápida que apontam possíveis habitats de lagartos teiús em outros lugares na América do Norte poderia ajudar a prevenir estabelecimento e a reduzir o impacto negativo no ecossistema nativo", de acordo com o estudo.

O coautor do estudo e professor Lee Fitzgerald, da Universidade Texas A&M, afirmou à Reuters na semana passada que estes répteis são "lagartos vorazes e onívoros predadores que podem viver em habitats diferentes, mas nós não conseguimos saber o que acontecerá ou quão intenso esta invasão pode se tornar até que os efeitos nos alcancem".

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