Nesta terça-feira (7), o polígono de Strugi Krasnye, nos arredores de Pskov, acolheu a 4ª etapa do concurso militar Desantny Vzvod (Pelotão de Desembarque, em português), uma das disciplinas mais sofisticadas no âmbito de todo o evento: além da corrida de 5 quilômetros, incluía o desembarque de helicópteros em uma área limitada, superação de obstáculos e uma frente de fogo.
A competição, ao contrário de muitas outras mais "estáticas", não é nada fácil para os jornalistas e espetadores observarem, pois os participantes se movimentam de forma muito rápida. Não é de estranhar, porque além de pontaria e aptidão técnica, um dos fatores principais do desempenho eficaz de uma equipe é sua agilidade e resistência ao exercício físico.
A 10 quilômetros do próprio polígono, se realiza uma fase indispensável do concurso — isto é, o desembarque das Tropas Aerotransportadas — em um círculo limitado. Quanto mais perto um soldado aterrissa, menos pontos de penalização recebe sua equipe. O time vencedor acaba sendo aquele que recebeu o menor número de pontos. A Rússia foi recordista na disciplina — obtendo um resultado de zero pontos.
Vale ressaltar que houve um problema que certamente dificultou bastante a atuação dos paraquedistas, que foi o vento fortíssimo na manhã de hoje em Pskov. Para muitos, foi esse o fator para que evidentemente não estavam preparados.
Outra parte importantíssima do revezamento é a chamada linha de fogo, onde os paraquedistas competem disparando fuzis, metralhadoras e lança-granadas. Como em toda a competição, nessa fase é crucial não só a rapidez, mas também a precisão dos tiros.
Corrida com obstáculos é um dos pontos mais difíceis para os militares, já que se percorre uma distância exaustiva de cinco quilômetros. É importante sublinhar que os participantes do mesmo time não podem se distanciar uns dos outros a mais de 50 metros.
Em uma conversa com jornalistas, o árbitro principal do concurso, o tenente-general Andrei Vyaznikov, contou que o concurso, que neste ano acolhe 8 equipes (da Rússia, Bielorrússia, China, Sudão, Argélia, Venezuela, Paquistão e Irã), planeja ampliar a lista de participantes a cada ano.
Hoje, por exemplo, o concurso contou com o envolvimento de paraquedistas sul-africanos e marroquinos que participaram somente da fase de desembarque, porém, já anunciaram sua vontade de vir à Rússia em 2019 como competidores de pleno direito. Além disso, a mesma intenção foi expressa pelo exército indiano, cuja delegação esteve presente no concurso como equipe observadora.
O oficial general do exército russo também contou que, em sua maioria, os participantes usam BMD-2, que são veículos de combate de infantaria russos, e BTR-82 e BTR-80, veículos blindados de transporte de pessoal. Cabe sublinhar que a maioria das equipes estrangeiras optaram por equipamentos russos para competir, tendo assistido a um respectivo curso de treinamento antes do evento.
"Posso dizer que todas as equipes que vieram aqui são profissionais, são militares muito bem preparados. Por isso, na semana das preparações, eles rapidamente se adaptaram a todas as peças de equipamento que lhes foram cedidas pela Federação da Rússia […] Não houve nenhumas reclamações quanto aos equipamentos e armamentos", informou o tenente-general.