A expectativa das autoridades americanas é a de que as novas medidas contra Moscou entrem em vigor no próximo dia 22, quando as sanções devem ser publicadas no Registro Federal.
"Após o uso de um agente nervoso 'Novichok' em uma tentativa de assassinar o cidadão britânico Sergei Skripal e sua filha Yulia Skripal, os Estados Unidos, em 6 de agosto de 2018, determinaram… que o governo da Federação da Rússia usou armas químicas ou biológicas que violem o direito internacional ou usaram armas químicas ou biológicas letais contra seus próprios cidadãos", disse o Departamento de Estado em comunicado. "Após um período de 15 dias de notificação do Congresso, essas sanções entrarão em vigor com a publicação de um aviso no Registro Federal, previsto para ou em torno de 22 de agosto de 2018."
De acordo com a NBC, o impacto inicial dessa nova rodada de sanções antirrussas deverá ser mais significativo na concessão de licenças para exportar produtos sensíveis de segurança nacional para a Rússia, que no passado incluíam itens como dispositivos e componentes eletrônicos, além de equipamentos de teste e calibração utilizados no setor de aviação. Antes das sanções, essas exportações eram liberadas caso a caso.
Em 4 de março de 2018, o ex-oficial russo de inteligência Sergei Skripal, condenado em seu país por traição e que vive há anos no Reino Unido, foi encontrado inconsciente junto com sua filha perto de um shopping da cidade inglesa de Salisbury, com sintomas de envenenamento. Mesmo antes dos resultados das investigações, o governo britânico se apressou a acusar a Rússia de estar por trás da alegada tentativa de assassinato, apesar da ausência de provas e da negação por parte de Moscou. Em seguida, outros países, aliados de Londres, também se juntaram ao coro antirrusso, incluindo os Estados Unidos.