Além dos alicerces da loja de escravos, arqueólogos teriam encontrado um conjunto de poços e uma bola de ferro, semelhantes àquelas usadas para prender nos pés dos escravos e evitar fugas.
A descoberta foi possível após os pesquisadores terem comparado endereços e mapas novos e antigos. A casa de venda de escravos ficava na Rua dos Ourives, que hoje se encontra na Rua Miguel Couto, no Centro.
No processo de pesquisa foi encontrado um anúncio da loja publicado no Jornal do Comércio em 10 de janeiro de 1863:
‘Vende-se um lote de lindos moleques de 10 a 20 annos, pretas moças e officiaes de ofícios, vindos do norte no último vapor, juntos ou separados, são todos sadios e sem defeito: na rua dos Ourives, 221”, diz o anúncio da loja de escravos.
Anteriormente, foi levantada a suspeita de que, logo ao lado, na Rua Marechal Floriano, poderia haver um cemitério de escravos ao lado do largo de Santa Rita. Por conta disso, as obras do VLT ficaram paradas por cinco meses, esperando a liberação do órgão de proteção ao patrimônio.