O autor numerou as ações hostis dos EUA em relação à Rússia que vieram à tona nos últimos cem anos. Em 1918, segundo recordou, durante os distúrbios políticos e sociais na Rússia, o contingente norte-americano ocupou a cidade russa de Murmansk. No decorrer da 2ª Guerra Mundial, o então futuro presidente Harry S. Truman sugeriu ajudar a URSS caso a Alemanha nazista se mostrasse mais forte, e ajudar também a Alemanha, se a União Soviética tivesse vantagem, de modo que ambos os lados sofressem mais perdas possíveis. Além disso, durante dois anos Washington oficialmente recusava a abertura de uma segunda frente na Europa, assinalou Swanson.
O jornalista escreveu que os EUA arrastaram a URSS para a guerra do Afeganistão, e armaram seus adversários. Além disso, Washington impedia iniciativas soviéticas quanto ao desarmamento nuclear e regulamento diplomático das disputas.
Após a reunificação da Alemanha, os EUA e seus aliados prometeram a Moscou que a OTAN não iria se expandir, contudo, a aliança quebrou a promessa e começou rapidamente a avançar em direção ao leste, recordou Swanson.
Quando a Rússia sugeriu suspender tratados sobre armamentos no espaço, ações no ciberespaço ou mísseis nucleares, os EUA várias vezes negaram as iniciativas.
Ninguém prestou atenção ao fato de Moscou ter apoiado o tratado com o Irã, reforçou o jornalista. O presidente Barack Obama promovia o golpe de Estado na Ucrânia em 2014, já que seu sucessor Donald Trump começou a fornecer armas ao novo regime em Kiev, que se instalou posteriormente.
Obama tentava retirar do poder o presidente sírio, enquanto Trump intensificou os ataques norte-americanos contra a República Árabe.
Swanson recordou que a Rússia está sendo acusada de envolvimento na queda do avião malaio no leste da Ucrânia sem quaisquer provas, além de "intercepções" agressivas de aviões norte-americanos perto de suas fronteiras, adesão à Crimeia através do referendo e outras ações, contudo, "nenhuma delas é comparável com aquelas que os EUA fizeram em outros países".
"Então, o que tudo isso tem a ver com o fato de que a Rússia é nossa amiga?", questionou Swanson, concluindo que "ninguém além de um amigo" toleraria essa atitude.