Dados, citados pela Academia Americana de Cirurgia Facial, Plástica e Reconstrutiva, mostram que 55% dos cirurgiões plásticos reportam ter encontrado pacientes que pediam por cirurgias para melhorar aparência em selfies.
No passado, estes recursos eram acessíveis somente a celebridades e amplamente usados em revistas e anúncios, mas agora, muitas pessoas podem suavizar suas peles, branquear os dentes, aumentar os lábios, deixar os olhos maiores e perder medidas com ajuda dos aplicativos Snapchat e Facetune.
Segundo pesquisadores, "filtros de imagem podem baixar autoestima, fazendo com que a pessoa se sinta inadequada por não ter certa aparência no mundo real", o que pode ocasionar o desenvolvimento de transtorno dismórfico corporal (TDC), ou seja, quando a pessoa apresenta intensa insatisfação com um "defeito".
Os autores do artigo ressaltaram que esses aplicativos estão provocando uma nova realidade de beleza, permitindo elevar a autoestima das pessoas em um instante para um padrão de beleza irreal e impossível.
Embora os filtros de flores ou orelhas de animais sejam claramente uma decoração, outros podem ter um alto poder de edição, promovendo pressão na aparência da pessoa.
Com a divulgação do novo fenômeno, os usuários das redes não perdoaram e, de forma descontraída, encorajaram as pessoas a se amarem como são:
Mas este aqui me deu cabelo!!
Quanto custa uma cirurgia de filtro de carrocho?
Espere! Eu posso pegar um focinho de filhote e uma coroa de borboletas e adicionar permanentemente no meu rosto?! Oh! E os grandes olhos de Keane? Isso é incrível.
Nova tendência de cirurgia plástica tem pessoas pedindo para ter os olhos esbugalhados do filtro do Snapchat. Os médicos alarmam que isso é perigoso porque o filtro parece ser inatingível. Sei não… as orelhinhas são engraçadas…
Ok. Sem dúvida são fofinhos — mas "Dismorfia do Snapchat" é uma coisa real, onde muitas pessoas estão fazendo cirurgias de caricaturas. Pessoal, ame quem vocês são. Nenhum filtro pode te definir!
Ainda segundo um estudo realizado por Tricia Burke, da Universidade do Texas, e Stephen Rains da Universidade do Arizona para o jornal Health Communication, esses problemas são mais comuns do que a preocupação com o peso.