Durante as conversações, o líder iraniano, Hassan Rouhani, disse que a instalação de bases militares estrangeiras no Cáspio será proibida pelo documento que os cinco países planejam assinar daqui a alguns minutos.
"Qualquer tipo de construção de bases militares e presença de navios militares estrangeiros no mar Cáspio são proibidos. Foi dado um passo muito importante", sublinhou Rouhani ao discursar na cúpula.
Mais especificamente, a convenção estabelece a não autorização da presença das forças armadas de potências não regionais no mar Cáspio e define os cinco países adjacentes ao mar Cáspio como os responsáveis pela manutenção da segurança e pela gestão dos seus recursos.
Ao se pronunciar durante o encontro, o presidente russo, Vladimir Putin, destacou a importância histórica do evento e sublinhou que o documento foi elaborado com base no consenso entre todas as partes.
"Nossa cúpula tem realmente uma importância especial, até se pode dizer que é verdadeiramente histórica. A convenção sobre o estatuto legal do mar Cáspio, elaborada em resultado de negociações que duraram mais de 20 anos, estabelece o direito exclusivo e responsabilidade dos nossos países pelo destino do mar Cáspio e fixa regras claras para seu uso comum", disse o presidente russo.
"O mar Cáspio pertence aos países do Cáspio, qualquer construção de bases militares e concessão do direito de passagem a porta-aviões, submarinos, aviões militares ou até transporte de cargas pertencentes a países estrangeiros, são proibidos no mar Cáspio", adiantou ainda seu homólogo iraniano.
Os analistas acreditam que o maior mérito da Convenção é o estabelecimento das mencionadas regras em um documento de cumprimento obrigatório.