"Ainda não temos respostas sobre quem a matou. É grave que se inicie um processo eleitoral sem que se descubra quem são os responsáveis pelo assassinato de uma vereadora em pleno exercício de seu mandato e quais foram as motivações. O início do período de campanha eleitoral levanta a preocupação de que o caso seja negligenciado", diz a diretora executiva da Anistia Internacional, Jurema Werneck.
A diretora da ONG destacou também a preocupação com a falta de investigação sobre crimes contra defensores de direitos humanos.
"A grande maioria desses crimes não é investigada. A resolução correta do caso é fundamental para que se rompa um ciclo de impunidade e violência contra defensores de direitos humanos no Brasil”, completa.
A vereadora do PSOL e seu motorista, Anderson Gomes, foram assassinados em 14 de março deste ano. A principal linha de investigação das autoridades é a atuação de grupos milicianos.
A Polícia Civil informou na semana passada que investiga um possível envolvimento dos deputados do MDB, Paulo Mello, Edson Albertassi e o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani, no assassinado da vereadora do PSOL.