Americanos acusam Ucrânia de traição por fornecer motores de caças à China

A Ucrânia vendeu motores para aviões de guerra chineses contrariando os interesses dos Estados Unidos, diz um artigo do jornal the Washington Times.
Sputnik

Na terça-feira, a mídia estatal chinesa anunciou o lançamento do novo caça de treinamento JL-10, também conhecido como L-15, que será usado por pilotos da Marinha embarcada para treinarem o pouso em porta-aviões. 

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Porém, sublinha o jornal americano, a mídia chinesa omitiu em sua notícia sobre os primeiros 12 Jl-10 que os aviões são equipados com motores ucranianos.

Segundo detalha o The Washington Times, o acordo foi firmado em 2016 com a empresa ucraniana Motor Sich, que já forneceu 20 motores. O contrato de venda prevê o fornecimento ao todo de 250 motores deste tipo.

William C. Triplett, especialista em assuntos chineses e ex-conselheiro do Comité das Relações Exteriores do Senado americano, comentou as informações para a edição, sublinhando que, desta maneira, Kiev ajuda Pequim a resolver os problemas de produção de motores a jato.

"Basicamente, os ucranianos estão conseguindo dinheiro dos contribuintes dos EUA e, ao mesmo tempo, esfaqueiam nas costas a Marinha americana", afirmou Triplett.

Rick Fisher, analista do Centro Internacional de Avaliação e Estratégia, por sua vez afirmou que Washington precisa de pressionar Kiev para bloquear o acordo de venda de motores.

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As notícias surgem logo após o presidente norte-americano, Donald Trump, ter assinado o novo orçamento de defesa que prevê uma ajuda militar de 250 milhões de dólares para a Ucrânia, incluindo o fornecimento de "armas letais".

No ano passado, o jornal The New York Times informou, citando dados secretos da inteligência norte-americana, que a Coreia do Norte podia ter adquirido, através do mercado negro, motores para mísseis balísticos produzidos pela empresa ucraniana Yuzhmash.

Kiev, por sua parte, primeiro afirmou que a empresa ucraniana não produz tais equipamentos, mas depois sugeriu que os motores poderiam ter sido copiados em "algum outro país" e acabar nas mãos de Pyongyang através da China.

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