Políticos também usam WhatsApp: será que correm mesmos riscos que a gente?

O século XXI nos faz viver de acordo com as novas regras, fazendo os aplicativos de comunicação uma parte integrante do nosso dia a dia. O processo de troca instantânea de mensagens conta com envolvimento de todos: funcionários de empresas e donos de casa, aposentados e alunos, e até altíssimos cargos políticos.
Sputnik

Recentemente, a edição Rzeczpospolita revelou que o presidente polonês Andrzej Duda, bem como o premiê do país, Mateusz Morawiecki, são usuários entusiasmados do aplicativo WhatsApp. A Sputnik Polônia falou com fundador de várias empresas de tecnologias de informação e especialista de Internet russo, Anton Merkurov, para descobrir se o uso de tais serviços pelas autoridades seria arriscado.

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"Todos os altos oficiais de Estado que dominam a Internet a usam de alguma maneira. Olhe para o próprio presidente dos EUA que posta no Twitter e ninguém pode pará-lo. A mesma coisa acontece com aplicativos de mensagens. Outra questão é se são seguros ou não. Por um lado, até mesmo correios eletrônicos corporativos são hackeados, o que descobrimos em diferentes eleições. Por outro, não há nada mal no uso de aplicativos de comunicação. Tanto o WhatsApp quanto grandes serviços populares cuidam da segurança de milhões. E se um destes milhões é um presidente, ele também não deve ser afetado", opinou o especialista.

Ao mesmo tempo, o respectivo uso de tais aplicativos por políticos de alto nível provoca questões na sociedade, especialmente traçando paralelo com o caso de Hillary Clinton, que usou seu e-mail pessoal para discutir assuntos de trabalho. Consequentemente, este fato prejudicou muito a imagem da política no âmbito da corrida presidencial de 2016.

"É importante perceber que os aplicativos de mensagens não devem ser usados para entregar documentos secretos, cujo vazamento deliberado pode virar um problema grande. O que se trata da troca de informações, hoje em dia este processo é bem seguro. Se nos comunicamos através de um aplicativo de mensagens instantâneas, é difícil interceptar o conteúdo, já que existe a criptografia ponta a ponta", explicou Merkurov.

Ao mesmo tempo, o analista sugere considerar o assunto por outro ângulo: ele acredita que em se tratando de funcionários públicos, que recebem dinheiro orçamental, sua correspondência, que "tem valor jurídico", deve estar disponível para a sociedade. Isso, na opinião dele, ajudaria a aumentar a transparência de suas ações.

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