K-2 Pantera Negra: como Coreia do Sul travaria guerra terrestre contra vizinho do Norte

Com tecnologias do mundo inteiro, além de suas próprias inovações, Coreia do Sul customizou um novo armamento, o tanque K-2 Black Panther (Pantera Negra), que está em progresso em Seul.
Sputnik

O tanque Pantera Negra conta com um novo sistema de defesa ativo derivado do L55, pesando somente 55 toneladas, sendo 10 toneladas mais leve do que o M1A2 ou Leopard 2A6. Embora não seja totalmente protegido, ele recebe um reforço de bloqueio nas partes vulneráveis nas laterais e no teto, conforme citado por Ed Kim da revista The National Interest.

Considerando que o novo armamento seria construído para explodir o território da península, a Coreia do Sul produziu um tanque totalmente designado para terrenos montanhosos. Além disso, a Coreia do Sul começou a pensar na modernização do principal tanque de batalha nos anos 70, quando a Coreia do Norte construiu o T-62s com canhões de 115 mm, tirando de jogo os sul-coreanos M-48 Patton e seus canhões 90 mm.

O tanque Abrams, modificado pela Coreia do Sul e nomeado de K-1, abriga um canhão de 105 mm, entretanto, o K-1 é menor do que o Abrams, sendo inclusive chamado pelas tropas americanas de "bebê Abrams". O K-1 foi produzido com 80% de componentes vindos do exterior, principalmente dos EUA, mesmo com o K-1 ainda em serviço, a Coreia do Sul sonhava com um novo tanque doméstico capaz de superar qualquer futura ameaça da Coreia do Norte, desejando ainda produzir com sua própria tecnologia para que no futuro pudesse exportá-lo. O desenvolvimento do tanque Pantera Negra foi iniciado em 1995 sob um custo de US$ 260 milhões. Para a produção do tanque, a Coreia do Sul se inspirou em outras tecnologias, combinando perfeitamente cada uma delas e resultando em uma máquina incrível e definitivamente coreana.

Para isso, eles desenvolveram sua própria versão do canhão alemão Rheinmetall L55 de 120 mm, sendo 1,3 m mais longo do que o L44 de 120 mm utilizados nos tanques Abrams e nos antigos Leopard 2s. Além disso, adaptaram sua própria versão recarregável do francês Leclerc, permitindo disparar 15 ciclos por minuto (disparos contínuos). O K-2 pode percorrer por rios de até 4,2 m de profundidade, graças à tecnologia comprada dos russos na década de 90 utilizada nos tanques 35T-80U.

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Uns dos componentes mais importantes do tanque são seu motor e a transmissão, sendo o "powerpack", aqui a Coreia do Sul observou o excelente motor alemão MTU-890 V12 diesel de 1500 cv de potência, porém a versão coreana do MTU acelera até 32 km/h em aproximadamente 8 segundos.

Embora a Coreia do Sul queira exportar o K-2, todas suas características e tecnologias custam caro, atingindo US$ 8,5 milhões (R$ 33,25 milhões) por unidade.

Por fim, entre ameaças e um território que não é muito amigável, a Coreia do Sul mesclou tecnologias do mundo inteiro, assim como suas próprias inovações, para criação de um armamento que se encaixa nas suas necessidades.

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