Alemanha busca criar contrapeso caso EUA 'cruzem linhas vermelhas'

As relações entre os EUA e aliados europeus estão tensas desde que o Washington impôs tarifas na importação de alumínio e ferro vindos da Europa e saiu do acordo nuclear iraniano de 2015.
Sputnik

O ministro das Relações Exteriores alemão, Heiko Maas, afirmou à rádio Deutsche Welle que a Europa quer salvar o acordo nuclear iraniano, reavaliando sua parceria com os EUA e criando um sistema de pagamento europeu para servir de "contrapeso" aos EUA sempre que Washington "cruzar as linhas vermelhas".

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"O principal objetivo da nossa política externa é construir uma Europa forte e independente", escreveu Maas em um artigo ao jornal alemão Handelsblatt. Além disso, ele citou que "por isso é indispensável intensificar a autonomia europeia através da criação de canais de pagamento independentes dos EUA, um Fundo Monetário Europeu e um sistema independente SWIFT", acrescentando ainda que a Alemanha precisa de uma "parceria balanceada" com os EUA que "traga seu peso onde os EUA se retiram".

Heiko Maas, assim como a União Europeia, vem se empenhando contra as renovadas sanções americanas anti-Irã e lutando para convencer Teerã a continuar cumprindo o acordo nuclear de 2015. Entretanto, algumas empresas europeias temem sanções de Washington, que ameaçou sancionar qualquer um que mantiver negócios com Teerã.

No dia 8 de maio, o presidente Donald Trump anunciou a saída dos EUA do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) e prometeu impor o "nível mais alto" de sanções contra os setores energético, petroquímico e financeiro do país, apesar das objeções da Europa, Rússia e China, que vêm repetidamente defendendo o acordo.

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