O texto indica que "apesar dos esforços contínuos dos países que realizam as medidas destinadas a combater o terrorismo e impedir o extremismo violento que leva ao terrorismo, muitos problemas permanecem por resolver".
"Esses problemas se devem à transformação contínua do Daesh de um território para a rede clandestina", diz o documento.
Ele observa que o núcleo desta rede é "fraco", mas ainda vivo "no Iraque e na República Árabe da Síria, com subsidiárias regionais no Oriente Médio, África e Ásia".
Outro problema preocupante, acrescenta ele, é "o retorno e a circulação de terroristas estrangeiros e membros de suas famílias".
Segundo a estimativa da ONU, Daesh tem um total de mais de 20.000 membros no Iraque e na Síria, incluindo jihadistas estrangeiros.
O relatório observa que o fluxo de terroristas estrangeiros ao Daesh no Iraque e na Síria "em geral, terminou", mas o que continua a ser um problema sério é o seu regresso aos países de origem, um processo que leva "mais lento do que o esperado".
No documento, Guterres também se referiu às reservas financeiras do grupo terrorista, que foram significativamente reduzidas, mas não esgotadas.
O secretário-Geral da ONU disse ainda que, no início de 2018, o Daesh perdeu a maioria de suas oportunidades para extrair petróleo, mas, em seguida, diminuiu a intensidade das operações anti-terroristas, quando o grupo jihadista recuperou o acesso a vários campos de petróleo no oeste da Síria.
"Como resultado, o petróleo continua a ser a fonte de renda do grupo, usando métodos primitivos de extração de petróleo e usá-lo tanto para suas próprias necessidades e para a venda local", acrescentou.
Outras fontes de renda o relatório observa extorsão de petróleo – "a imposição de impostos" em estabelecimentos comerciais em áreas controladas e o sequestro de empresários locais "para o resgate".
Além disso, ele diz, Daesh investiu em vários projetos na região e se estabeleceu em várias empresas de construção, empresas de câmbio, na agricultura, pesca e no setor imobiliário.
"Há um risco de que os cúmplices financeiros do Daesh possam movimentar sua atividade nos países vizinhos", conclui o texto.