"Isso não é novidade. Eles estão tentando implorar algo de nós desde o colapso da URSS. Mas não há bases legais por trás de suas reivindicações porque não houve ocupação", disse o senador Oleg Morozov, membro do Comitê da Câmara Alta para Relações Internacionais, à Sputnik.
O senador russo estava comentando as últimas declarações dos ministros da justiça dos dois países bálticos que haviam anunciado que os governos de seus países pressionariam por uma compensação da Rússia pela "ocupação soviética" na segunda metade do século XX.
"Do ponto de vista político, todos esses jogos de propaganda estão alinhados com o espírito da moderna russofobia", acrescentou o senador Morozov. Ele também enfatizou que, quando a Letônia e a Estônia eram repúblicas soviéticas, foram desenvolvidas partes da URSS com altos padrões de vida.
"Continua a ser uma questão que o lado deve mais ao outro, se tivermos um olhar para isso do ponto de vista puramente aritmético", observou Morozov.
Políticos e oficiais dos Estados bálticos e de algumas outras nações do antigo bloco oriental levantam regularmente a questão das compensações da Rússia pelo período soviético de sua história.
As autoridades russas rejeitaram repetidas vezes essas alegações como infundadas, uma vez que a União Soviética nunca esteve em estado de guerra com esses Estados e sua adesão à URSS ocorreu depois que eles foram libertados das tropas nazistas pelo Exército Vermelho.
O Ministério de Relações Exteriores da Rússia declarou anteriormente que a adesão dos Estados bálticos à União Soviética foi conduzida de acordo com as leis e normas internacionais em vigor em meados do século XX.