Previamente, o deputado da Suprema Rada (parlamento ucraniano), Igor Mosiychuk, sugeriu que a inteligência ucraniana encontrasse aliados para destruir a Ponte da Crimeia que, segundo ele, foi construída apenas para "fechar, desestabilizar e conquistar" o mar de Azov.
Não é a primeira vez que Mosiychuk faz declarações deste tipo em relação à Ponte da Crimeia. Assim, em maio ele chamou a construção de "infraestrutura inimiga" e sublinhou que pessoalmente participaria em sua destruição se fosse ministro da Defesa.
Nessa conexão, o especialista político e membro da Câmara Pública da Crimeia, Denis Baturin, explicou, em comentário ao serviço russo da Rádio Sputnik, o que significam tais apelos do parlamentar ucraniano.
"A proposta de Igor Mosiychuk [deputado ucraniano] tem, principalmente, um caráter populista — para se exibir na mídia", declarou.
Entretanto, ele adicionou que "os 'aliados' do Cáucaso do Norte que deviriam ajudar a realizar um atentado terrorista são virtuais, mas, por outro lado, trata-se de contatos reais dos nacionalistas ucranianos com organizações terroristas que existiam no Cáucaso quando a Rússia estava se fortalecendo [após desintegração da URSS]".
"Agora Mosiychuk acredita que tais organizações são suficientes, estão prestes e têm capacidade para participar da luta de alguns patriotas ucranianos contra o Estado russo […] Essa suposição é absurda, mas, infelizmente, reflete a situação no campo ideológico da Ucrânia", destacou.
Vladimir Putin inaugurou a parte rodoviária da ponte através do estreito de Kerch no dia 15 de maio deste ano, possibilitando movimentação de veículos no dia seguinte. O início do tráfego ferroviário através da ponte está planejado para dezembro de 2019.