Seu artigo foi publicado na revista The National Interest. De acordo com ele, irritando a China e provocando a Rússia com operações militares perto de suas fronteiras, Washington põe em risco sua própria segurança.
"Participamos em operações militares ativas em dezenas de países onde os interesses de segurança dos EUA não estão em jogo", assinalou Davis.
De acordo com o tenente-coronel, os EUA são os donos das maiores Força Aérea e Marinha do mundo, contudo, Washington deve reanalisar sua política.
"Somos uma potência global tanto militar, como econômica. A maior parte do domínio norte-americano é baseada em nosso equipamento militar e tecnologias. Contudo, nossa dependência destas tecnologias é uma faca de dois gumes", advertiu o tenente-coronel.
Sendo assim, para preservar seu estatuto de "potência global", Daniel Davis vê duas soluções.
Em primeiro lugar, Washington não pode continuar usando seu poder militar constantemente ou ameaçar seus aliados para estes cumprirem suas exigências. De acordo com ele, tal comportamento causa medo perante os EUA e incentiva seus adversários a aumentar seus investimentos em pesquisas militares e elaboração de contramedidas.
Segundo, conforme Davis, Washington não deve dissipar seu poderio militare, tornando-se "mestre de guerras em pequena escala e operações de contra-insurgência", o que levou ao gasto de trilhões.
"O uso excessivo de nossas Forças Armadas e o subdesenvolvimento de suas capacidades nas últimas duas décadas corroeram nosso domínio militar global. Para recuperar essa grande brecha e reforçar a segurança de nosso país, precisamos preservar melhor nossa força e começar a reduzir imediatamente o posicionamento de nossas forças ativas – e em grande parte desnecessárias – por todo o mundo. Caso o façamos com êxito, aumentaremos nossa segurança nacional", concluiu o militar.