Emilia Mello foi presa no momento em que se preparava para filmar um protesto e levada ao Departamento de Migrações para ser deportada. O episódio ocorreu no sábado (25) e provocou reações entre entidades de defesa dos direitos humanos e da cultura.
Recentemente, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA), informou que 322 pessoas morreram em quatro meses de protestos contra o governo de Ortega, das quais 21 eram policiais e 23, crianças e adolescentes.
A Associação Nicaraguense de Cinematografia (Anci) condenou a ação e considerou o ato uma forma de censura.
"Isso estabelece um precedente muito perigoso para futuros cineastas que queiram tentar entrar no país para documentar o que sucede e contar ao mundo a história do que estamos vivendo e registrar qualquer violação dos direitos humanos", informa o comunicado da Anci.