EUA querem 'arrancar parte do espaço aéreo' da Síria, diz politólogo

Os EUA planejam implantar um sistema de defesa antimíssil no norte da Síria, informou a mídia. Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o cientista político militar Andrei Koshkin comentou o desenvolvimento dos eventos, ressaltando que os EUA estão desestabilizando e agravando a situação na região.
Sputnik

O Pentágono já terminou os preparativos para instalar três sistemas modernizados de radar nas áreas sírias de Tel Baydar, Kobani e Sarrin (no norte da Síria), e também já posicionou 13 radares móveis e fixos para vigilância e monitoramento, informou o jornal turco Yeni Safak.

Pentágono irá posicionar sistema de defesa antimíssil no norte da Síria, diz mídia
"Outro passo dos EUA será a criação do sistema de defesa antimíssil na região, que deve ser considerada parte do plano a longo prazo de Washington para trazer o caos à região", afirmou o ex-comandante da assembleia militar da província síria de Deir ez-Zor, Fayez el Esmer.

As informações obtidas por aviões militares dos EUA nas regiões de Al Hasakah, Raqqa e Deir az-Zor serão entregues à Força Aérea norte-americana para criar um "escudo protetor", que visa "assustar" a Turquia, Rússia e Irã.

O politólogo Koshkin sugeriu um possível desenvolvimento dos eventos.

"Os EUA desestabilizam de forma intencional e sistemática a situação na Síria. No momento, eles gostariam de destruir o Estado — os militares estão começando a fazer isso, criando um sistema de defesa antimíssil, que lhes deve garantir uma zona de exclusão aérea de Manbij a Deir ez-Zor".

"Todo o mundo já percebeu que a resistência está quebrada e que as tropas do governo estão prontas para limpar em breve todo o território da Síria dos militantes de organizações terroristas. No entanto, agora se manifesta a essência dos EUA, que visam, antes de tudo, a desestabilização para mudar o regime político na Síria […] Esta zona de exclusão aérea é uma tentativa de "arrancar" uma parte do espaço aéreo, e depois parte do território, de maneira a criar um quase-Estado e destruir o atual Estado sírio como um todo", concluiu Koshkin.

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