Embaixada russa acusa Washington de fechar os olhos à 'pirataria' ucraniana no mar de Azov

A embaixada da Rússia em Washington negou as acusações por parte do Departamento de Estado de que navios russos estariam atrasando embarcações ucranianas no mar de Azov.
Sputnik

"As autoridades dos EUA continuam fazendo novas acusações contra a Rússia para desviar as atenções das violações gravíssimas dos direitos humanos tanto por parte dos seus países satélites como em casa", afirmou a embaixada russa em um comunicado.

Ucrânia decide aumentar presença militar no mar de Azov
Na quinta-feira (30), a porta-voz do Departamento de Estado americano, Heather Nauert, acusou a Rússia de "assédio à navegação internacional" no mar de Azov e no estreito de Kerch.

Segundo Nauert, nas últimas semanas, navios russos teriam atrasado pelo menos 16 navios mercantes que se dirigiam para portos ucranianos, o que qualificou como "tentativa de desestabilizar a situação na Ucrânia".

A missão diplomática, por sua vez, criticou os EUA por fecharem os olhos à "pirataria" ucraniana no mar de Azov, onde sua guarda costeira deteve a embarcação russa Nord e mantém detido desde 12 de agosto o navio-cisterna Mekhanik Pogodin com tripulação a bordo.

"Apelamos aos EUA para que parem de defender os seus protegidos, que provocam tumultos no mar de Azov", sublinhou a embaixada russa.

A Ucrânia acusa a Rússia de esta alegadamente impedir a navegação no mar de Azov, bloqueando a entrada de embarcações nos portos ucranianos. Como afirmou a porta-voz do departamento americano, a Rússia atrasou e impediu a navegação de centenas de embarcações desde abril. Porém, a entidade diplomática russa apontou que, destas centenas de embarcações, Nauert propositadamente não indicou o nome de nenhuma.

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