"Tudo o que está sendo feito pelos Estados Unidos não afetará a determinação do povo sírio e do Exército sírio de libertar o Idlib e pôr fim ao terrorismo na Síria", disse Muallem.
Ele ressaltou que as declarações dos EUA sobre supostos preparativos para um ataque químico pelo governo sírio foram usadas apenas para justificar possíveis ataques à Síria.
"Nós, o povo e o governo da Síria, gostaríamos de acabar com o conflito, mas a interferência dos países ocidentais está atrapalhando isso", observou o ministro.
Muallem acrescentou que, devido aos esforços russos, cerca de 20.000 refugiados retornaram para a Síria vindos do vizinho Líbano.
Papa preocupado
O papa Francisco expressou no domingo sua preocupação com os riscos de uma possível catástrofe humanitária na província síria de Idlib, em meio a relatos de uma potencial ofensiva do governo e instou a comunidade internacional e as partes em conflito a se engajarem em um diálogo em prol da vida civil.
"Os ventos da guerra ainda estão soprando e as inquietantes notícias sobre o risco de uma possível catástrofe humanitária na província de Idlib estão chegando. Peço mais uma vez toda a comunidade internacional e todas as partes envolvidas a fazer uso dos instrumentos da diplomacia, diálogo e negociações, em conformidade com o direito internacional humanitário e para salvaguardar a vida dos civis", afirmou o pontífice.
A situação em Idlib aumentou ao longo da semana passada em meio aos recentes relatos de uma potencial ofensiva do governo depois que a Rússia afirmou ter evidências de que terroristas em Idlib estavam preparando um ataque com armas químicas falsas para moldar as forças do governo e incitar uma intervenção militar liderada pelos EUA.
A província de Idlib é uma das zonas de escalada da Síria e um reduto remanescente da insurgência terrorista no país. Sob o acordo de cessar-fogo, intermediado entre tropas do governo sírio e oposição armada, atividades militares são proibidas na área, mas os fiadores do cessar-fogo, que incluem Rússia, Turquia e Irã, registram repetidamente violações de trégua.