As chamas que devastaram um dos maiores patrimônios do estado e do país poderiam ter provocado consequências ainda piores se não fosse a colaboração do clima. Isso porque, como explicou o biólogo Marco Massao Kato, responsável pelo setor de educação ambiental do RioZoo, os animais que se encontram no local só não foram atingidos pelas nuvens de fumaça geradas pelo incêndio por conta do sentido do vento na ocasião.
"O vento empurrou a fumaça. A fuligem também, algumas faíscas que estavam saindo foram empurradas e não chegaram a atingir aqui o Zoo. A gente ficou de prontidão com os nossos pontos também de abastecimento de água, caso tivesse algum desses problemas, com algum foco de incêndio que pudesse acontecer aqui", disse Kato à Sputnik Brasil. "Mesmo assim, a gente ficou bem atento ao comportamento dos animais. Se o barulho ou alguma coisa pudesse mudar o comportamento deles, mas nada aconteceu."
De acordo com o biólogo, o Jardim Zoológico já possuía uma plano de evacuação preparado para parte dos animais se a fumaça proveniente do incêndio no Museu Nacional chegasse a atingir alguma parte do Zoo. No entanto, isso não foi necessário. Além do acompanhamento durante toda a noite, os animais, segundo ele, ainda passaram por uma vistoria por uma equipe de veterinários depois do incêndio para garantir que todos estavam com a saúde em dia.
"É claro que a gente tem muitos espaços bem distantes que a gente sabia que não seriam afetados. Então, a gente já tem esse plano, e, caso fosse preciso, nós íamos começar esses movimentos desses animais por outras áreas seguras do Zoo."