Os cidadãos russos foram acusados de cometerem quatro crimes, inclusive tentativa de assassinato de Skripal e de um agente federal britânico.
"Os procuradores da CPS […] consideram as evidências e concluíram haver evidências suficientes para proporcionar uma perspectiva realista de condenação e, claramente, é de interesse público a condenação de Aleksandr Petrov e Ruslan Boshirov, de nacionalidade russa", declarou nesta quarta-feira (5), Sue Hemming, porta-voz da CPS.
Ela acrescentou que os cidadãos russos são acusados de conspiração para assassinato de Sergei Skripal, tentativa de assassinato de Sergei Skripal, Yulia Skripal e o agente federal, Nick Bailey, bem como de utilização da substância А-234 (também conhecida como Novichok) o que contradiz a lei sobre armas químicas, além de terem causado propositalmente danos físicos a Yulia Skripal e Nick Bailey.
Além disso, Aleksandr Shulgin, representante permanente da Rússia na Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), afirmou que a Rússia não tem nenhuma ligação com o incidente em Salisbury, frisando se tratar de provocação.
"Nós afirmamos imediatamente que a Rússia não tem nada em comum com aquilo que aconteceu em Salisbury. Nossa postura não mudou desde então", assinalou.
Na cidade britânica de Salisbury, no dia 4 de março, de acordo com Londres, foram envenenados o ex-espião russo, Sergei Skripal, e sua filha Yulia, o que provocou um escândalo internacional. As autoridades do Reino responsabilizam o governo russo de envolvimento no envenenamento, enquanto Moscou vem desmentindo todas as acusações, qualificando-as infundadas.