Descoberto jato de plasma misterioso supostamente mais rápido do que velocidade da luz

Há muito tempo, duas estrelas de nêutrons colidiram em uma galáxia distante, dando origem a um buraco negro e produzindo um fluxo de plasma que parece estar viajando através do espaço intergaláctico à velocidade quatro vezes maior que a luz.
Sputnik

Os cientistas detectaram o movimento do material se movendo através do espaço depois de uma dramática fusão de estrelas de nêutrons em uma galáxia a 130 milhões de anos-luz da Terra. 

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Eles relataram sua descoberta na revista Nature, onde afirmaram que, como o fluxo de partículas acontecia em uma trajetória de 20 graus tendo como referência a da Terra, resultava em uma ilusão em que as partículas pareciam estar se movimentando a uma velocidade quatro vezes maior que a da luz. 

Na verdade, segundo os cientistas, as partículas estavam viajando mais lentamente do que a velocidade da luz. Segundo a Teoria da Relatividade de Einstein, é fisicamente impossível viajar mais rápido do que a velocidade da luz.

A colisão das duas estrelas de nêutrons superdensas, remanescentes de estrelas massivas que morreram em explosões de supernovas, ejetaram uma camada de detritos ao espaço. Dentro dessa camada, elas colapsaram em um buraco negro, cuja poderosa gravidade começou a sugar materiais como gás e poeira. Esse material formou um disco, girando rapidamente, e disparou um par de jatos que irromperam de seus polos, em direção ao espaço.

A colisão foi identificada em agosto passado. O jato foi detectado pela primeira vez 75 dias depois da fusão, e novamente após 230 dias. Ele foi identificado através do Very Long Baseline Array, um sistema de dez radiotelescópios. O movimento era tão rápido que só podia ser explicado por um jato, um fluxo super-rápido de plasma.

"Os jatos são fenômenos enigmáticos vistos em vários ambientes, e agora essas observações extraordinárias na parte de rádio do espectro eletromagnético estão proporcionando uma visão fascinante sobre eles, nos ajudando a entender como funcionam", explicou Joe Pesce, diretor da Fundação Nacional da Ciência.

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