Segundo o inquérito, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Odebrecht teria transferido cerca de R$ 14 milhões para a campanha eleitoral do PMDB (hoje MDB) em 2014.
No relatório encaminhado ao ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, o delegado Thiago Machado Delabary conclui que há indícios de que Temer supostamente praticou crime de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Os dois ministros teriam praticado crime de corrupção passiva.
Conforme o relatório do delegado, "o conjunto de elementos contidos nos autos realmente demonstra a atuação consorciada dos investigados, com segmentação de tarefas e divisão dos valores arrecadados, inclusive".
A defesa de Padilha disse que se manifestará nos autos e Moreira Franco negou envolvimento nos fatos narrados no inquérito. O inquérito envolve outros emedebistas como Eduardo Cunha e Paulo Skaf, além de José Yunes e João Batista Lima, amigos de Temer, que também já negaram as acusações.
Em nota, o Palácio do Planalto contestou a conclusão do inquérito da Polícia Federal: "é um atentado à lógica e à cronologia dos fatos". Disse ainda que "a investigação se mostra a mais absoluta perseguição ao presidente, ofendendo os princípios mais elementares da conexão entre causa e efeito".
Segundo a nota, o pedido de apoio à campanha eleitoral do PMDB "ocorreu dentro de todos ditames legais", e os recursos doados em contas do partido foram declarados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).