Donald Trump está considerando a possibilidade de atacar posições russas e iranianas na Síria, escreve Wall Street Journal, citando funcionários da Casa Branca que preferiram manter anonimato.
As fontes do jornal relataram que o presidente sírio, Bashar Assad, "aprovou o uso de cloro durante ataque ao último grande reduto de militantes no país", na província de Idlib. Tal operação, por sua vez, pode provocar ataque das forças americanas, acrescenta a edição.
Em conversa com o serviço russo da Rádio Sputnik, a cientista política Karine Gevorgyan ressaltou a improbabilidade de realização de ataque a forças russas pelas americanas.
"Acredito que ataque a forças russas não acontecerá, pois não há fundamentos especiais. Além disso, militares americanos expressaram receios em relação a riscos ligados a possíveis combates com as forças russas. Mas os EUA podem atacar as forças sírias. Trata-se de novas operações de um jogo com os ‘Capacetes Brancos'. Ou seja, é a mesma provocação, mas realizada da seguinte forma: acusam Assad de usar cloro", opina a analista.
"Os oponentes de Trump podem tentar criar uma situação difícil para ele através de um teatro sírio de ações militares. Eles nem escondem que o levam ao impeachment, para eles todas as medidas são boas. Por outro lado, existem militares americanos concretos que, segundo eu conheço, interagem muito cortesmente com militares russos. Aqui toda a esperança está nas mãos destes militares que resistem a provocações", acrescentou.
Nas últimas semanas, o Ministério da Defesa russo avisou várias vezes sobre provocações com uso de armas químicas a serem preparadas por terroristas dando pretexto para que EUA, França e Reino Unido ataquem a Síria. Os três países já lançaram ataques aéreos sobre instalações do governo sírio em resposta ao suposto uso de armas químicas.