Apesar de todas as "advertências de Trump, da ONU, de Merkel e de Erdogan sobre uma alegada catástrofe humanitária, ataque químico e Armagedom", durante viagem de dois dias por toda a fronteira de Idlib, o autor não viu nenhuma concentração de 100 mil soldados sírios perto da província, informação enganosa propagada anteriormente.
"Os únicos 'agrupamentos maciços', que consegui encontrar, eram rebanhos de ovelhas, e, perto de Aleppo, de camelos", assinalou Fisk, indicando, porém, que isso não significa que as tropas síria não podem se posicionar fora da linha de frente.
A quantidade de civis na província está também em questão, podendo corresponder a 2,5 milhões ou a três milhões. Dados sobre o número de civis que se encontravam na libertada Aleppo em 2016 foram consideravelmente exagerados, indicou o autor.
Fisk acredita ser impossível confiar nas informações divulgadas pela mídia sobre ataques aéreos a Idlib, já que nenhum jornalista ocidental faz cobertura diretamente do local.
Em geral, até a "luta final" por Idlib ainda falta muito, embora ela venha a acontecer no futuro, acredita o jornalista.
"Não está tudo tranquilo na frente do norte, mas também não é guerra", concluiu Robert Fisk.