Almirante russo explica por que Marinha ucraniana não conseguiria se opor a Rússia

A Marinha ucraniana, com seus poucos navios, não conseguirá exercer influência tanto militar, como psicológica sobre a Rússia, tais aventuras político-militares apenas desacreditam Kiev, declarou à Sputnik o ex-comandante da Frota do Báltico russa, almirante Vladimir Valuev.
Sputnik

Anteriormente o comandante das Tropas Terrestres ucranianas, Sergei Popko, anunciou a decisão de reforçar o agrupamento de forças na direção de Azov por causa das "ações agressivas" da Rússia. Por sua vez, o comandante da Marinha ucraniana, Igor Voronchenko, comunicou sobre a preparação do aumento da presença militar no mar de Azov. Hoje em dia, a Marinha ucraniana tem cerca de uma dezena de lanchas e uma fragata do projeto 1135.1 Getman Sagaidachny.

"Se a Marinha ucraniana, para dizer o mínimo, é precária, hoje ela quase não existe como tal, já a componente terrestre, com um aumento correspondente, pode representar alguma força, mas me parece que o objetivo real de todas essas manobras é manter o poder odioso para a maioria do povo ucraniano. Parece-me que todas essas tentativas serão inúteis e não darão vantagens ao regime de Poroshenko", disse Valuev.

Ucrânia reforça grupo naval no mar de Azov com lanchas blindadas
O ex-comandante da Frota do Mar Negro, almirante Vladimir Komoedov, tem uma opinião parecida. Segundo ele, duas ou três lanchas não decidem nada, por parte deles seria mais inteligente cumprir as regras criadas depois da construção da ponte da Crimeia, inclusive a pilotagem obrigatória e a inspeção de navios. Já não há mais confiança nas autoridades ucranianas, ressalta o almirante.

Kiev acusa Moscou de bloquear a entrada dos navios que prosseguem aos portos ucranianos através do estreito de Kerch, causando prejuízos aos armadores. Entretanto, a representante do Ministério das Relações Exteriores ucraniano declarou que o serviço fronteiriço russo não está violando as regras de inspeção de navios ucranianos no mar de Azov.

Anteriormente, o comando da Marinha ucraniana reconheceu que a Ucrânia não atingiria a paridade com a Rússia nos mares Negro e de Azov, no entanto, destacou que o país precisa de uma "Marinha não grande, mas eficaz".

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