Segundo a companheira do jornalista, Veronika Nikulsina, Verzilov teria começado a "perder a visão, a fala e a mobilidade". Familiares denunciaram no próprio portal dirigido por ele que funcionários do hospital se "recusaram a informar" à mãe do ativista sobre "o estado de saúde e o diagnóstico preliminar de Verzilov". Ainda de acordo com o Meduza, ele também teve visitas vetadas porque não teria assinado uma declaração autorizando-as.
Inicialmente, o diagnóstico era de que não havia "nada de errado" com o ativista, mas a família acusa a equipe hospitalar de tê-lo transferido no meio da noite para a unidade de toxicologia sem avisar. A Nikulshina, os médicos teriam dito que não estavam autorizados a confirmar o estado de saúde do paciente porque ela não era formalmente casada com ele.
Embora o colega de Verzilov no Meduza, Sergei Smirnov, tenha pedido "calma antes de tomar conclusões precipitadas", o próprio Pussy Riot tweetou sobre a suspeita de envenenamento.
"Nosso amigo, irmão, camarada Pyotr Verzilov está em reanimação. Sua vida está em perigo. Nós achamos que ele foi envenenado", diz o texto acompanhado de um link do Meduza.
Por meio de nota, funcionários do hospital disseram à agência RIA Novosti que o paciente estava sendo acompanhado e outras medidas seriam tomadas após um check-up pela chefia médica. A equipe não confirmou o motivo da internação e também não repassou mais detalhes sobre o estado de saúde do paciente.