As tarifas provavelmente chegarão a cerca de 10%, abaixo dos 25% anunciados quando o governo de Trump afirmou pela primeira vez que estava considerando essas tarifas, disse o jornal.
Na sexta-feira (14), a porta-voz da Casa Branca, Lindsay Walters, disse que Trump foi claro "e que ele e seu governo continuarão a tomar medidas para enfrentar as práticas comerciais injustas da China. Encorajamos a China a enfrentar as já antigas questões apontadas pelos Estados Unidos".
A administração Trump está exigindo que a China reduza seu superávit comercial de US$ 375 bilhões com os Estados Unidos, acabe com as políticas voltadas para a aquisição de tecnologias e propriedade intelectual dos EUA e reduza os subsídios industriais nos setores de alta tecnologia.
A lista das tarifas de US$ 200 bilhões inclui vários produtos de tecnologia ligados à internet e outros produtos eletrônicos, como placas de circuito impresso e bens de consumo, desde bolsas a bicicletas e móveis.
No início desta semana, o departamento do Tesouro dos EUA convidou altos funcionários chineses, incluindo o vice-primeiro-ministro Liu He, para mais conversas a fim de tentar resolver as diferenças comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
O Ministério das Relações Exteriores da China fez declarações positivas em relação ao recebimento do convite. Porém, Trump mais tarde questionou o fato, dizendo no Twitter que estava sob pressão para fazer um acordo com Pequim, prevendo que os Estados Unidos receberiam em breve os bilhões em tarifas e que passariam a fabricar seus produtos no próprio país.
Junto aos US$ 200 bilhões e outros US$ 267 bilhões em produtos chineses, o total das importações da China que enfrentam tarifas dos EUA ultrapassaria os US$ 505 bilhões em bens que os Estados Unidos importaram da China no ano passado.
Este ano, as importações da China até julho subiram quase 9% em relação ao mesmo período de 2017, segundo dados do Census Bureau dos EUA.