"[Orban e eu] lutamos contra as cotas em Bruxelas e abolimos esse sistema absurdo", afirmou Babis.
O primeiro-ministro húngaro Viktor Orban, um duro crítico da migração e das cotas obrigatórias de migrantes, tem repetidamente lançado dúvidas sobre a validade da situação humanitária dos migrantes.
Falando de imigrantes ilegais, Babis afirmou que Praga "não aceitará um único refugiado", mesmo que sejam órfãos sírios.
"Por que devemos aceitar [órfãos sírios]? Temos órfãos em nosso próprio país […] eu fui para a política principalmente para cuidar dos cidadãos tchecos", acrescentou.
Babis também lembrou de ter conversado com a chanceler alemã, Angela Merkel, em Berlim.
"Ela me perguntou se nós [República Tcheca] poderia levar alguns imigrantes ilegais. Eu disse que não poderíamos nem pegar um", disse ele, acrescentando que sua resposta foi "uma atitude simbólica diante da incapacidade da UE" de abordar o problema dos migrantes. Babis aparentemente estava se referindo ao seu recente encontro com Merkel no início de setembro.
Em dezembro de 2017, a República Tcheca, juntamente com a Hungria e a Polônia, defenderam seu "direito" de rejeitar as cotas de refugiados impostas pela UE em meio a pressões da Comissão Europeia (CE).
Apesar das repetidas advertências da CE, os três países continuam a perseguir um processo de descumprimento, argumentando que os migrantes representam uma ameaça direta à segurança pública.
Babis, que assumiu o posto na época, disse que "as cotas dividem a Europa e não são eficazes".
O primeiro-ministro da República Tcheca criticou repetidamente as políticas de migração existentes na UE e argumentou que os países europeus devem "se unir" para encontrar uma solução viável para a crise.
Referindo-se aos notórios impasses entre os manifestantes anti-migrantes e anti-fascistas na cidade alemã de Chemnitz, ele disse que a Europa deve lutar por sua cultura e valores em face da crise migratória.
"Não queremos morar na África ou no Oriente Médio aqui. Nós devemos lutar por nossos valores", comentou.