"Eu avisei [ao Villas Bôas] que iria enfrentar o Mourão porque ele estava escalando um golpe no Brasil. Eu conheço a lei, e está proibido que chefes militares possam opinar na política. É próprio um comandante militar que fique tutelando o processo político?", disse Ciro.
O candidato do PDT também comentou a polêmica envolvendo uma discussão que teve com um homem em Roraima no domingo (17), durante um evento de campanha. Ciro Gomes empurrou e xingou um homem que se apresentou como jornalista. O homem se chama Luiz Nicolas Maciel Petri e trabalha em campanhas do MDB e do DEM em Roraima.
"Não tenho sangue de barata e não quero ter. Fui avisado que o Romero Jucá, que todo mundo sabe o bandido que é, quis me constranger para que eu não andasse nas ruas de Boa Vista. O camarada veio, botou a mão aqui [apontou para o peito] e quis botar um adesivo do Bolsonaro para simular que era alguém do Bolsonaro. Felizmente a imprensa está acompanhando e está filmado. Daí ele veio pra cima de mim de novo e foi quando eu empurrei ele de volta", justificou Ciro.
Ao ser perguntado sobre Lula, Ciro Gomes disse que Lula "não é Satanás e nem Deus" e que sabia dos desvios de corrupção da Petrobras.
"No mensalão eu estava lá e Lula não sabia, eu tenho razões genuínas para acreditar que ele de fato não sabia. No Petrolão não dá para dizer que ele sabia que estavam roubando, mas ele sabia que as pessoas estavam procurando essas indicações para roubar. Eu, por exemplo, falei para ele várias vezes do Sérgio Machado", comentou.
As entrevistas do Jornal da Globo continuarão na quarta-feira com Geraldo Alckmin (PSDB), Fernando Haddad (PT) e Marina Silva (Rede). O candidato Jair Bolsonaro (PSL) ainda não será entrevistado porque está internado no Hospital Albert Einsten.