Predadores marinhos migram para a zona — localizada entre a costa da Baixa Califórnia e o arquipélago do Havaí — no inverno.
De acordo com pesquisadores da Universidade de Stanford e dе Monterey Bay Aquarium, esta área é habitada por uma vasta comunidade de pequenas criaturas sensíveis à luz, incluindo peixes, fitoplânctons e águas-vivas, que são "iguarias" para enormes tubarões-brancos.
"Esta área é de vital importância", revelou um dos autores do estudo, Salvador Jorgensen, acrescentando que "há uma vida secreta lá".
Foi a bióloga marinha Barbara Block, da Universidade de Stanford, que começou a estudar tubarões-brancos locais há 14 anos. Durante sua pesquisa, ela concluiu que, em dezembro, esses animais marinhos deixam águas ricas em comida na costa oeste para passar a primavera e maior parte do verão em uma zona enigmática. A área em questão é do tamanho do estado do Colorado e, segundo a pesquisadora, é mais parecida com um "deserto oceânico".
Como Block ainda sabe se os predadores vão para lá para se reproduzir ou se alimentar, chamou a área de "cafeteria dos tubarões".
No entanto, uma expedição conjunta com o Instituto Oceânico Schmidt concluiu que, na realidade, tratava-se de uma "caça ao tesouro". Além disso, os cientistas perceberam que os tubarões machos subiam e desciam nas águas umas 140 vezes por dia, enquanto as fêmeas continuavam com seu comportamento habitual.
Isso é tão legal. Há uma pequena cafeteria para enormes tubarões-brancos no meio do oceano Pacífico, entre nós, a Baixa Califórnia e o Havaí.
"Ou eles comem algo diferente ou tem algo a ver com o ritual de acasalamento", sugeriu Jorgensen.
O pesquisador acrescentou que os tubarões "perseguem presas dia e noite, como um jogo de esconde-esconde".