Os resultados do estudo foram apresentados no Congresso Europeu de Ciências Planetárias, realizado nesta semana na cidade alemã de Berlim.
Segundo Thombre, essas algas extremófilas – organismos que sobrevivem em condições extremas – são reconhecidamente as mais tolerantes até o momento. Os cientistas ressaltam que, na maioria dos casos, os microrganismos não toleram "ambientes hipersalinos", já que nessas condições a água necessária para que suas células funcionem "tende a sair para fora" através da membrana celular.
No entanto, a Dunaliella salina EP-1 sobrevive em condições salinas porque a laguna Pena Hueca produz moléculas como o glicerol que criam um análogo de alta concentração de sal dentro de suas células e impedem a perda de água.
"A resistência dos extremófilos, na Terra, a condições semelhantes às existentes em Marte demonstra seu potencial para prosperar em solo marciano", sustenta Gomez, ressaltando que "isto tem implicações para a proteção planetária, assim como para o modo como as algas poderiam ser usadas para 'terraformar' Marte [criar condições para acolher vida terrestre no Planeta Vermelho]".