Na opinião do especialista militar egípcio, Adil Suleiman, que a compartilhou com a Sputnik, a verdadeira razão para o abate é o fato de Israel "se nortear apenas por interesses da sua predominância militar na região".
"Israel não se preocupa com nada senão com seus interesses, especialmente no que se trata de operações militares. Ele não está disposto a sofrer perdas militares ou parecer fraco… Israel não está interessado em quem está no lado oposto, seja o lado sírio que se está equipando com modernos armamentos russos ou algum outro", acredita Suleiman.
Assim, diz ele, o país acredita que "pode resolver qualquer problema" apenas com desculpas ou enviando seus dirigentes militares ao outro país com o objetivo de esclarecer sua postura.
"Ele [Israel] está acostumado a isso e se considera capaz de regularizar tais casos", frisa.
Durante a série de encontros com seus colegas russos em Moscou, a delegação militar encabeçada pelo comandante da Força Aérea de Israel, Amikam Norkin, tentou provar seu não envolvimento no acidente trágico que matou 15 militares russos e que, segundo o ministério russo, foi resultado da "falta de profissionalismo" ou "negligência criminosa" por parte dos pilotos israelenses.
"Isto não livra o lado israelense da responsabilidade… Entretanto, é necessário coordenação, especialmente levando em consideração que o problema sírio é muito complexo e na arena há muitos atores internacionais, tais como a Rússia, a Turquia, Israel, o Irã e outros", resume o general.