Analistas apontam para região que pode vir a ser novo 'ninho de vespas' do Daesh

Centro Antiterrorista da Comunidade dos Estados Independentes declarou que terroristas estão planejando criar um "califado" na Ásia Central. O cientista político Andrei Koshkin comentou a situação em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik.
Sputnik

Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) quer criar um "califado" na Ásia Central, revelou Andrei Novikov, diretor do Centro Antiterrorista da Comunidade dos Estados Independentes, organização supranacional que engloba 11 repúblicas da antiga União Soviética.

De acordo com ele, terroristas estão tentando ativar células adormecidas na região.

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O vice-primeiro-ministro do Quirguistão, Zhenish Razakov, sublinhou que ameaça terrorista na Ásia Central está aumentando cada vez mais e se tornando permanente. Maior preocupação é evidenciada nos terroristas que estão tentando invadir região do norte do Afeganistão para desestabilizar a situação, acrescentou.

Ainda em junho, o vice-diretor do Serviço Federal de Segurança e chefe do Comitê Nacional Antiterrorista da Rússia, Igor Sirotkin, declarou que o Daesh, apesar das perdas constantes, continua se espalhando pelo mundo como ameaça séria.

Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o cientista político-militar e diretor do Departamento de Ciências Políticas e Sociologia da Plekhanov Universidade Russa de Economia, Andrei Koshkin, comentou a situação.

"É necessário lutar contra o terrorismo internacional em todo o mundo, e somente não em alguns países, que assumem a missão extremamente difícil, responsável e importante [de acabar com o terrorismo]", comentou ao serviço russo da Rádio Sputnik o cientista político-militar.

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De acordo com Koshkin, o pseudocalifado do Daesh, destruído na Síria e no Iraque, seria reestabelecido em regiões do planeta onde há grandes problemas — acima de tudo — na esfera socioeconômica e onde há possibilidade de organizações terroristas desenvolverem seu trabalho obscuro.

"Hoje em dia, regiões deste tipo não são poucas, mas a Ásia central é o local, onde organizações terroristas se sentem muito seguras e, infelizmente, juntam forças e multiplicam possibilidades. E se nenhuma medida radical for posta em prática, então será formado um novo ‘ninho de vespas' do terrorismo internacional", concluiu.

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