Matthew Hickey acredita que a manipulação dos resultados de pesquisa no buscador Google é algo incômodo, já que se trata de uma plataforma de compartilhamento de informação designada à pesquisa pública disponível na Internet, adicionando que o sistema de busca não deveria ser um lugar formador de opinião política em prol de outras pessoas.As ações da empresa têm deixado clara manipulação da opinião pública quanto à imigração e a políticas estrangeiras, o que é uma contravenção direta da proposta do buscador para muitas pessoas. Há sistemas alternativos, tais como DuckDuckGo, Baidu e Yahoo!, mas a maioria das pessoas confiam no Google, ressalta.
De acordo com o analista, o sistema deveria ser imparcial e completamente livre de influência política. Os usuários do Google deveriam ser mais conscientes sobre o serviço, principalmente quando podem optar por buscadores alternativos, afirma Hickey.
Em se tratando das consequências de uma empresa expressar um ponto de vista político, Hickley observa que isso é algo perigoso para empresas como Google, pois incita os usuários para uma estratégia particular de votos ou ponto de vista político. O Google é um serviço de busca que deve oferecer informações distintas a usuários. Porém, quando começa a influenciar opiniões políticas, perdendo sua natureza imparcial, destrói sua principal função, que é a busca de informações na Internet. Se o Google tira o direito de escolha de seus usuários, trata-se de um ataque aos princípios da democracia.
Com relação às medidas regulatórias contra o Google, Hickey diz que a empresa precisa ser responsabilizada, além de deixar claro que não utilizou táticas similares em eleições anteriores, sem influenciar a opinião pública através do buscador.
O Google, de forma padronizada, opta por coletar informações confidenciais que muitos usuários desconhecem. Trata-se de uma janela que dá para a vida de cada usuário, de onde dá para ver o que eles fazem, que lugares frequentam e para onde vão.
As empresas de tecnologia geralmente trabalham em conjunto com autoridades e agências, então não é incomum que uma empresa como o Google compartilhe informações e materiais através de cooperação jurídica. Entretanto, as práticas de compartilhamento de informações deveriam ser abertas para averiguação, assegurando que as informações pessoais estão sendo obtidas apenas por autoridades locais quando necessário, ressalta.
A distribuição em massa de informações pelo Google para terceiros, como é o caso do FBI, apresenta um perigo claro para todos os usuários do serviço, completa Hickey.