Kremlin refuta informações sobre novo 'suspeito' no caso Skripal

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, refutou as informações da mídia sobre uma condecoração que a Rússia teria concedido a Anatoly Chepiga, indicado pelo portal britânico Bellingcat como nome real de Ruslan Boshirov, suspeito no caso Skripal.
Sputnik

O porta-voz disse ter verificado, tal como prometeu na véspera aos jornalistas, as informações mas não encontrou nada sobre um coronel Anatoliy Chepiga, supostamente condecorado pelo presidente Vladimir Putin.

"Sim, verifiquei. Não tenho nenhuma informação sobre uma pessoa com este nome ter sido condecorada", afirmou Peskov.

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Falando sobre o cada vez maior número de notícias que surgem em relação ao caso Skripal, o porta-voz observou que é difícil distinguir o verdadeiro do falso.

"Já ninguém consegue distinguir quais das notícias são falsas e quais são verdadeiras", disse.

Peskov sublinhou que o Kremlin não quer se envolver na discussão com a mídia sobre as identidades de supostos suspeitos no caso Skripal e reiterou a posição de Moscou de que os serviços de segurança russos precisam de dados oficiais sobre o incidente em Salisbury para apoiar Londres e participar da investigação.

O comentário se refere à matéria publicada na quarta-feira (26) pelo blog investigativo britânico Bellingcat e a edição The Insider Russia segundo a qual Ruslan Boshirov, suspeito no caso do envenenamento de ex-agente russo Sergei Skripal e sua filha Yulia, seria um coronel da inteligência russa chamado Anatoly Chepiga.

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Também de acordo com o blog, ele teria sido condecorado com uma alta distinção estatal russa pessoalmente por Putin.

No início deste mês, as autoridades britânicas acusaram dois cidadãos russos, identificados como Ruslan Boshirov e Aleksandr Petrov, de tentativa de assassinato do ex-espião Sergei Skripal e sua filha Yulia Skripal, além do policial britânico Nick Bailey, supostamente contaminados com o agente nervoso A-234 (também conhecido como Novichok). Mas, em entrevista ao canal RT, os dois negaram qualquer envolvimento no caso, afirmando que visitaram Salisbury apenas como turistas e que trabalham na indústria de fitness.

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