Rússia 'refreou' Israel após incidente com Il-20, diz imprensa israelense

Ao anunciar a entrega de seus sistemas S-300 à Síria a Rússia conseguiu "refrear" Israel, que nos últimos anos "tem estado fora de controle" bombardeando outros países, escreveu o colunista do jornal israelense de oposição Haaretz, Gideon Levy.
Sputnik

O autor do artigo, intitulado "Para a Rússia com amor" escreve que, pela primeira vez em muito tempo, um outro país deixou claro a Israel que sua influência tem limites e que não poderá usar a proteção dos EUA para sempre.

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Levy acredita que Israel precisa vitalmente de tais restrições, pois nos últimos tempos a "arrogância" e a situação geopolítica permitiram que Tel Aviv ficasse "fora de controle" e bombardeasse sem obstáculos a Síria.

"Pela primeira vez em anos, um outro país está dizendo a Israel: pare aqui mesmo. Pelo menos na Síria, isso acabou. Obrigado, mãe Rússia", diz o jornalista do Haaretz.

Segundo ele, a reação de Moscou ao incidente com o Il-20 deixou Israel "pasmado".

"A Rússia demonstrou ao mundo um meio de lidar com Israel, usando a única linguagem que ele entende", opina o autor.

Apenas o castigo e reação dura podem fazer Israel agir de forma justa, nota Levy, acrescentando que, a partir de agora, a Força Aérea do país deverá avaliar bem todos os prós e contras antes de atacar a Síria.

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Em 17 de setembro, um míssil S-200 do sistema de defesa aérea sírio abateu um avião russo Il-20, que estava voltando para a base de Hmeymim. Ao mesmo tempo quatro caças israelenses F-16 atacaram instalações sírias em Latakia.

Segundo o Ministério da Defesa russo, os pilotos israelenses usaram o avião russo como cobertura, deixando-o sujeito ao fogo do sistema sírio. O incidente resultou na morte de 15 militares russos. A Defesa russa disse que a parte israelense não a tinha avisado sobre a operação planejada na Síria e que a responsabilidade pela derrubada do avião é totalmente de Tel Aviv.

Além disso, com o fim de proteger seus militares no país árabe, Moscou prometeu enviar sistemas de defesa antiaérea S-300 a Damasco dentro de duas semanas.

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