#EnVivo 📹 | ¡Venezuela hace historia! Hoy damos un paso adelante con el lanzamiento del Petro como moneda nacional y plataforma para el fortalecimiento de nuestra soberanía financiera. https://t.co/P1OxRA1kLF
— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) 2 de outubro de 2018
A pré-venda da criptomoeda venezuelana, fixada em 60 dólares e com lastro em ouro, ferro, alumínio e diamante foi lançada em fevereiro, mas, até agora, eram desconhecidos os detalhes de sua comercialização. Ontem, o chefe de Estado venezuelano, Nicolás Maduro, fez um grande estardalhaço ao anunciar sua reestruturação, dizendo que o petro irá não apenas fortalecer o seu programa de recuperação econômica, mas também "revolucionar a criptoeconomia mundial como nova forma de intercâmbio comercial, financeiro e monetário". Segundo Maduro, com essa moeda, a Venezuela irá lançar um plano especial para fortalecer suas reservas internacionais, crescendo, se consolidando e apoiando o sistema cambial e monetário do país. Mas será o petro capaz mesmo de tamanha revolução?
El Petro es un bastión importante del Programa de Recuperación Económica para garantizar la protección integral de las familias y el desarrollo económico de la Patria. https://t.co/5cz8zyFGwEpic.twitter.com/KkR21ZkrXs
— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) 2 de outubro de 2018
Para o especialista venezuelano Rafael Villa, professor de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP), a grande aposta de Caracas em uma moeda virtual reflete a dificuldade da administração de Maduro para encontrar opções para tentar baixar a inflação e retomar o controle da economia venezuelana. De acordo com ele, na prática, a Venezuela vai passar a funcionar com duas moedas: o bolívar soberano, no mercado interno, e o petro, nas transações internacionais.
"O que acontece é que o governo tenta se aferrar ao único recurso que o país produz de maneira mais sólida e do qual depende a economia. E tenta criar um efeito psicológico na população ao denominar essa moeda de petro, em referência ao petróleo", disse o acadêmico em entrevista à Sputnik Brasil.
Segundo Villa, até o momento, o governo venezuelano ainda não deixou claro os critérios para a fixação do petro no valor de 60 dólares. No entanto, ele acredita que se as autoridades do país conseguirem mostrar que existe uma fundamentação econômica nisso, a moeda poderá certamente ganhar confiança da população e também internacional.
"Mas se o governo não deixar claro os critérios e parâmetros nos quais se fundamenta essa relação monetária, também não vai ter um efeito tão positivo em relação à confiança nacional e internacional."