Estamos sozinhos no Universo? Radiotelescópio sul-africano pode desvendar este mistério

O recém-inaugurado radiotelescópio MeerKAT, situado na África do Sul, começou a buscar possíveis sinais alienígenas em meio a um milhão de estrelas da nossa galáxia.
Sputnik

As buscas contam com a parceira do projeto Breakthrough Listen.

"A cooperação com o MeerKAT expandirá significativamente as possibilidade do Breakthrough Listen. Agora, o nosso projeto realmente atingiu nível global", enfatizou Yuri Milner, empresário russo e um dos fundadores do projeto.  

No final de julho de 2015, Milner e o falecido cosmólogo britânico Stephen Hawking lançaram a iniciativa Breakthrough Listen. Dentro de sua estrutura, Milner investiu US$ 100 milhões (R$ 394 milhões) para apoiar o programa que busca civilizações extraterrestres, construído com base nos desenvolvimentos do SETI (Busca por Inteligência Extraterrestre). 

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Nos últimos três anos, cientistas e engenheiros do Breakthrough Listen instalaram os dispositivos, desenvolvidos para procurar vida alienígena, no telescópio norte-americano GBT e também contaram com o apoio da equipe científica do Rádiotelescópio Esférico de 500 metros de Abertura (FAST, na sigla em inglês), o maior até agora construído há dois anos na China.

Há um ano, os participantes do projeto informaram sobre os resultados da primeira tentativa de encontrar sinais de rádio dos alienígenas, nos quais os cientistas observaram as 700 estrelas próximas de nós. No total, os astrônomos conseguiram encontrar uma dúzia de sinais "suspeitos", mas todos eles, segundo os próprios observadores, foram gerados por processos naturais nas profundezas das estrelas ou em ambiente mais próximo. 

No entanto, isso não desanimou Milner: nesta semana, juntou-se a seu projeto o interferômetro MeerKAT, o maior radiotelescópio do mundo com recursos de 64 placas de rádio. Sua construção começou no final de 2009 e foi concluída este ano. 

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Segundo o supervisor científico do Breakthrough Listen, Andrew Siemion, esse observatório se tornou o primeiro componente "meridional" dessa iniciativa. Conforme os planos de Siemion e seus colaboradores, o MeerKAT irá observar simultaneamente quase um milhão de estrelas em nossa galáxia, nas proximidades da qual podem existir planetas habitados. 

Ao contrário dos radiotelescópios setentrionais, o meridional seguirá as estrelas ininterruptamente sem interferir na condução de outras observações relacionadas às pesquisas astrofísicas mais "sérias". Isso se tornou possível devido ao uso de supercomputadores e uma nova versão de sensores e ferramentas do Breakthrough Listen criada especialmente para o MeerKAT.

Os cientistas esperam que isso acelere o processo de coleta e análise de potenciais sinais de rádio de extraterrestes e que ajude a encontrar a resposta à pergunta – estamos sozinhos no Universo?

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